EUA X Europa

O post de hoje é de observação, comportamento, as minúcias do ser - sem querer ser pretensiosa -, mas vou tentar elucidar as principais diferenças entres essas culturas tão opostas: americana e europeia. O Novo e o Velho Mundo, continentes separados por um oceano de influências, descobertas, colonizações, progresso, ciência, guerras, interesses, jogos de poder e políticas.
Não vou levantar bandeiras aqui e muito menos discutir juízos de valores. O blog é leve, divertido e tem a intenção de informar e compartilhar opiniões, muito pessoais, e impressões. É a minha maneira de avaliar e perceber o mundo e as pessoas ao meu redor. Portanto, como sempre digo, sem expectativas maiores...
Estive nos EUA em duas ocasiões e pretendo retornar para fazer novas compretes lindas. Só para isso, nada mais. Sim, porque se a Europa é Arte, Cultura e História; os EUA são Consumo, Frivolidade e Materialismo. Nada contra... mas eu prefiro o enfoque mais humano e solidário, a poesia e a veia artística, a preservação do que é humano de fato. Tecnologia, máquina, inteligência artificial e desafeto têm passagem livre na minha vida, não deixam contribuição para que eu me torne melhor, mais sábia ou experiente.
Esse negócio de que a pessoa só vale pelo que tem na conta bancária, a cultura pop (absolutamente descartável), o desapego aos valores humanitários, a falta de calor humano e o individualismo são coisas que não têm cheiro bom.
Em Miami, os brasileiros que vivem por lá se relacionam........ com outros brasileiros que também vivem por lá... As boates e restaurantes são segmentadas e só desagregam os indivíduos: há a casa para latinos hispânicos, porto-riquenhos, cubanos, brasileiros, gays, garotas de programa, mexicanos... e por aí vai. Tudo bem diferenciado e demarcado. Os latinos que trabalham no comércio atendem os brasileiros e se negam a falar espanhol, negam porque querem todo o tempo provar que são americanos, tamanha a discriminação que sofrem todo o tempo.
Os americanos andam remando, imensos,  pelos Malls, simplesmente porque passam o dia em redes de restaurantes que cobram 10 dólares para que a pessoa tome o café da manhã, almoce, lanche, coma doces, pães, donnuts e iguarias, beba refrigerantes em copos triplos até explodir e não aguentar mais. A famosa lei da compensação... se te falta afeto e atenção, se vingue na comida. É claro que a população está obesa e infeliz. Solitária e vagarosa, fechada em seu mundinho fantasticamente "perfeito".
Sim, porque o conceito é esse. A sociedade americana prega que seu jeito de viver é o ideal. Ideal para quem? A prova está aí para quem quiser observar... a coisa toda começou a ruir e isso é só a ponta do iceberg. Quando os valores humanos são deixados de lado, quando a solidariedade deixa de existir, quando somente o consumo impera... os alicerces vão apodrecendo e o desmoronamento é quase certo.
Para quem está de passagem, como turista, tudo parece lindo e reluzente... um mundo perfeito. Se olhar pela segunda vez, vai acabar percebendo que aquilo é a terra da ilusão. Nada mais. Lógico que há muita coisa boa: o modelo de administração que engloba trânsito, vias expressas, segurança, limpeza, saneamento e ordem. São brilhantes e deveriam ser adotados em outros países. Para mim, que estive lá para fazer compras, uau... foi magnífico. Dólar em baixa, grifes, cosméticos, medicamentos, tudo à nossa disposição. Excelente! Mas, preferi ficar na superficialidade, porque todas essas reflexões são densas e só fazem entristecer o turista.
Na Europa, além de recebermos um banho de cultura, história, arte e arquitetura, observa-se claramente que os valores éticos e humanos estão preservados junto com os acervos históricos. As pessoas se olham, param para conversar (pessoalmente, importante ressaltar, e não pelo computador), se cumprimentam, dançam, sorriem, cantam, caminham pelas ruas (em Miami ninguém anda a pé pelas calçadas), fazem pequenas compras em padarias e lojinhas de bairro, frequentam praças, museus e parques, interagem.... ou seja..... vivem como gente que são.
Ai, que texto difícil esse aqui. Perdoe, mas queria compartilhar esse meu post que mais se parece com um desabafo de alguém que não é somente uma mera itinerante. Alguém que dá valor ao que há de mais precioso nesse mundo: pessoas e seus sentimentos!