Batismo em mergulho

Demorou mas saiu.... na viagem a Natal/RN, finalmente conquistei meu Diploma em Mergulho com Cilindro, uauauauaua!!!!! Foi na Praia de Maracajaú (município de Maxaranguape), um lugar deslumbrante, considerado um dos 3 melhores locais para a prática de mergulho aqui no Brasil. A visibilidade é excelente, água cristalina. A temperatura então, nem se fala... algo em torno de 26 graus. Uma delícia....

Bom, todos à bordo, devidamente embarcados, então a gente avançou uns quilômetros da costa. Mar adentro, sentindo a brisa suave no rosto e a expectativa gelando a barriga, rs. Quando chegamos no local do mergulho, nem dava para crer: a água do mar, além de morninha, é límpida demais... parece até uma piscina. A natureza arrasa com os nossos corações. Sempre. O instrutor me passou as orientações, o que eu deveria fazer e o que não deveria, as normas de segurança, o método de respiração, os gestos de comunicação embaixo d'água, toda aquela parte teórica que na hora do vamos ver para pouca coisa nos serve.

Recebendo instruções e bem nervosa...

O cilindro pesa um absurdo; o pé de pato é um saco de calçar mas dá uma velocidade excelente; o snorkel se não tiver o pulo do gato fica todo embaçado mesmo (a saliva é o desembaçador natural, é fato, rs, eles ensinam); agora o respirador é um desconforto só. Atenção marinheiro de primeira viagem: prepare-se bem para não ter crise de pânico submerso. Se a gente não controla, bate o desespero de verdade, o coração acelera e aí perde-se o controle. Não se consegue conciliar a respiração e aí, babou-se geral!!!

A gente tem que respirar pela boca e fazer certa força para puxar o ar do respirador. É por ele, também, que soltamos o ar. Portanto é um exercício de coordenação e de auto-controle. Se a gente se desespera, a aflição bate forte e a impressão real é de sufocamento. Assustador. Tive isso nos primeiros 2 minutos (eu acho) e logo consegui baixar a adrenalina e voltar ao normal. Ai, que medo.

Dominada a ansiedade e o pânico, a gente logo começa a usufruir de fato do equipamento. Algo que nos possibilita uma sensação única, como um vôo. Acho que é o sentimento de liberdade e plenitude mais intenso que experimentei na vida. Imagina só... voar, deslizar, planar levemente entre as correntes, em meio aos peixes e corais. Observando toda a riqueza e variedade de espécies do local. Depois que a gente se acostuma, o difícil é voltar à superfície. Dá vontade de ficar por lá, naquele mundinho perfeito e silencioso, explorando mais e mais possibilidades e paisagens.

Recomendo. Mas só recomendo para quem for valente e tiver o coração forte. A descarga de adrenalina é alta. A aventura é saborosíssima!!!
Vou repetir sempre que tiver uma boa e segura oportunidade. Obs.: As fotos foram feitas por um fotógrafo que integra a equipe de apoio do passeio.