Para começo de história, tive uma ótima facilidade: estava hospedada em Montparnasse e pude ir caminhando, curtindo o tímido sol da manhã, até a estação de trens do bairro. Lá, me informei no guichê e comprei o bilhete até a cidade de Versailles.
Rápido, prático e seguro. Nada de drama para chegar lá, hein... basta descer na estação que leva o nome do palácio e andar um pouco (dois quarteirões, uma caminhada de uns 10 minutos, no máximo). Você é esperto, descolado e não precisa desembolsar uma pequena fortuna para conhecer Versailles, seja inteligente.
Pois bem, quando a gente chega lá passa pela primeira revista (de costume) e adquire o ingresso - há algumas opções... eu escolhi o passaporte completo (com direito ao palácio, jardins e domínios de Maria Antonieta). Não quis o kit com o fone e explicações porque preferi ficar solta por lá. Ventava absurdamente, o frio era de doer na alma (início de março), mas ainda assim aproveitei tudo.
Versailles apresenta características peculiares e já demonstra isso desde o primeiro contato visual, já que sua suntuosidade dourada reluz ao sol mesmo à distância. Aconselho uma boa pesquisa na internet, antes da visita, para que possa absorver tudo aquilo e compreender a importância de se caminhar pelos ambientes. A emoção é forte e única.
Pretendo dividir em tópicos essa visita, para que eu possa comentar de forma mais detalhada a importância histórica do local. Para início de conversa, a gente precisa ter, no mínimo, uns 50 euros disponíveis (13 para o trem ida e volta; 18 para o passaporte completo, 3,60 para o trenzinho do palácio/jardins; 10 para um lanche e uns extras para as magníficas comprinhas nas boutiques de Versailles).
Quem estiver exausto, só de olhar para o infinito jardim, pode alugar o carrinho e pilotar à vontade (há bicicletas também). Basta querer e pagar. Como o frio estava cortante, preferi andar para tentar aquecer, rs. Mais uma observação: esse é um passeio de dia inteiro. Isso se quiser realmente conhecer e aproveitar Versailles. Tem gente que vai até lá e só visita o palácio principal. Não acho válido. Se você está lá, trate de deixar a preguicinha de lado. Vá fundo!
É história vivinha da silva. Esperando por você. Em 1660, quando o monarca Luiz XIV ainda era menor de idade e seus conselheiros governavam a França, aconteceu a escolha de seu assentamento. O lugar afastado de Paris se deu por conta das doenças e tumulto da cidade lotada. Construído pelo já citado "Rei Sol", a partir de 1664, Versailles foi por mais de um século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado.
Vamos aos números? Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. É um dos pontos turísticos mais visitados de França, recebe em média oito milhões de turistas por ano.
O meu point preferido, no topo da lista, é a Galeria de Espelhos........ uma sala com 73m de comprimento, 12,30m de altura e iluminada por dezessete janelas que têm a sua frente, espelhos que refletem a vista dos jardins. Isso sem mencionar os incontáveis lustres de cristal que ornamentam o salão e impõem toda a magnitude do lugar.
Em 1837 o castelo foi transformado em museu de história. O palácio está cercado por uma grande área de jardins, uma série de plataformas simétricas com canteiros, estátuas, vasos e fontes trabalhados, projetados por André Le Nôtre.
É um negócio de louco... uma visita longa, cansativa, mas incrivelmente fascinante.
Vou contar mais em outras postagens, tá?
Ainda nem citei Maria Antonieta... tem muita coisa pela frente!!!
Aproveite !
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