quarta-feira, 13 de abril de 2011

Marie Antoniette, a Rainha da Moda

Vamos continuar nosso lindo passeio pelo Palácio de Versailles/França? No post anterior já expliquei como se faz para chegar na cidade, de trem, saindo da estação Montparnasse/Paris, do preço do ingresso e de como funciona tudo por lá. Portanto.... agora chegou a vez de rendermos homenagens à última rainha da França, a dona da casa, D. Maria Antonieta.

A delfina, aos 12 anos, belíssima!!!

Austríaca, nascida no Dia de Finados (02/11/1755), Maria Antonieta era bela e despertava grandes paixões. Um dos que se renderam aos seus encantos e, ingenuamente, até se considerou noivo da nobre era, ninguém mais, ninguém menos...  que Mozart. Polêmica, chegou a França quando tinha apenas 14 anos para se casar com o delfim Luís XVI (herdeiro do trono).


Para enfrentar a Corte e toda a nobreza francesa, exageradíssima em Versailles, a moça austríaca fez uso de ferramentas importantes: com o luxo conseguia se impor; contestou e rompeu regras; lançou moda, estilo e arte, revolucionou a vida no Palácio austero. Conquistou inimizades e antipatia, mas também se cercou de pessoas leais e soube desfrutar a vida como ninguém!


Virou ícone de uma época – representando uma classe, um modo de pensar e de viver – tarefa árdua destinada a poucas pessoas. Ela foi alvo de julgamentos controversos: por um lado, era tida como símbolo da arrogância e da insensatez da monarquia francesa; de outro, era admirada como uma mártir, sacrificada por loucos que tinham se voltado contra a ordem sagrada das coisas.

Quando deu a luz ao herdeiro do trono, ganhou de presente do Rei (seu marido) o Petit Trianon, um charmoso palácio em Versailles que havia pertencido à amante do Rei Luís XV, a ex-prostituta Madame du Barry. Lá, Maria Antonieta levava uma vida diferente, longe das festas e noitadas parisienses. Foi a sua fase "Flor do Campo", quando lidava com a terra, os animais e se vestia de forma mais despojada.


O lugar é magnífico. Tudo bem preservado como se a ação do tempo não tivesse efeito por lá. O dourado e a prataria reluzem, as tapeçarias e tecidos esbanjam cor e vivacidade, os jardins continuam lindos, adubados e férteis. É como se a qualquer instante fôssemos vê-la brincando com seus filhos naquela paisagem fascinante.



"Se não têm pão, que comam brioches"! Historiadores já afirmam que a famosa frase não foi proferida pela rainha. E que o apelido de "Rainha do Déficit" também não foi justo. Enfim, a polêmica existe até os dias atuais. Marie Antoniette ainda dita moda (John Galliano criou, em 2000, uma coleção inteira de alta-costura dedicada a ela para a grife Christian Dior) e é assunto, séculos depois de sua morte.

Sem dúvida, ela não foi uma mulher fútil e ingênua, mas sim uma mestra em usar o glamour como arma para se firmar numa corte estranha e hostil. Entendeu que ser uma rainha significava essencialmente interpretar um papel. Mais que isso, ela logo descobriu que, por meio de mudanças na moda, podia modificar esse papel e até fugir dele. Ela possuia uma percepção bem sofisticada e moderna do poder da imagem para mudar a realidade.


Mas toda a astúcia com que Maria Antonieta se firmou na corte de seu marido, o rei Luís XVI, não lhe serviu de nada quando estourou a Revolução Francesa, em 1789, que proclamou a liberdade e a igualdade para todos os cidadãos. Foi uma das maiores reviravoltas da história, considerada o marco que separa a Idade Moderna da Idade Contemporânea.


Era o fim do que ficaria conhecido como o “Antigo Regime”, em que os privilégios da nobreza estavam acima de tudo. Era o fim do mundo de Maria Antonieta. Condenada à morte, a "última rainha da França" viveu um papel que não combinava com ela, o de vítima. Em 16 de outubro de 1793, foi guilhotinada em praça pública.

Para nós, restam os livros, filmes, inspirações e Versailles.....

Cada cabeça, uma sentença......

E que cada um forme sua própria opinião e tire suas conclusões!



Um comentário:

  1. Uau... Choquei!
    A Rainha já usava dreads na cabeleira!!
    Adorei o resumo riquíssimo em detalhes.
    Abalou Simonet

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