Olá! Finalmente consegui tempo na minha rotina para voltar a escrever meus posts... o negócio é sério, há ocasiões em que voltar de viagem dá um trabalhão danado. Agora, já recuperei o fôlego e (espero) voltarei a redigir textos saborosos para você que tem me acompanhado e teve paciência de esperar meu retorno de férias..... 10 dias maravilhosamente vividos na República Dominicana!
Para quem não se localizou, esse país divide território numa ilhota caribenha com o vizinho Haiti. São exatamente dois terços orientais da Ilha Hispaniola ocupados pelo país que tem como capital, Santo Domingo. O idioma é espanhol, o ponto alto da economia se resume a agricultura e turismo, e - apesar de ser assumidamente um país católico - pelo que pude notar todo dominicano é chegado no Vudoo.
O clima tropical favorece o cultivo de café, cacau e outras frutas. Há quem repita a máxima "aqui se plantando, tudo dá" pelas ruas. A miséria impera em toda a parte. Há graves problemas de saneamento, de abastecimento de água, de comercialização de combustível e exploração de mão-de-obra operária (haitiana em sua maioria). Quem conseguir estar lá e abstrair o entorno, pode ser mais feliz do que eu fui. Sob o olhar jornalístico, nada passa em branco...
Tem coisas curiosíssimas e muito interessantes sobre esse país. Desde a cultura até os hábitos diários. Imagine passar pelas ruas e ver biroscas, a frente de casas modestas, comercializando cortes de carne bovina e suína penduradas em cordas, no meio da rua, com poças de sangue banhando o chão. Isso lá é natural. Absolutamente primitivo, mas para eles, normal.
O povo é cordial, porém de forma tímida. Descendentes da África, se vestem de forma simples, têm gestos suaves e imponentes, o olhar sofrido mas o sorriso sempre iluminando e espantando as adversidades da vida difícil. As crianças estão sempre felizes e frequentam às escolas assiduamente. Caminhar pelas ruas, como turista, é tarefa para quem é forte de coração. Há pedintes todo o tempo, você é abordado em toda a parte. Por isso, há quem prefira mesmo ficar "resguardado" no resort, isolado da realidade, desfrutando das mordomias sem maiores culpas.
Curiosa como sou, experimentei os dois lados da moeda. Até mesmo para poder reunir experiências e apresentar para você, com total segurança pois eu mesma averiguei. O post de hoje tem esse tom mais crítico e social porque é importante, enquanto turista, sentir e absorver o local. Não dá para ficar na superficialidade e somente relatar que achei tudo lindo. Essa não seria eu.
É uma país exuberante, sim. Sem dúvida alguma. Natureza belíssima, praias paradisíacas, rede hoteleira fabulosa, infra-estrutura impecável para receber o turismo. Mas, os problemas sociais existem e clamam por atenção. Impossível fingir que não vê.
Prometo que daqui para frente serei mais lúdica e vou focar os passeios e as belezas dominicanas. Aí, sem dúvida, só alegria e encantamento!
"Fragmentos" de viagens porque aqui faço comentários e dou dicas (muito pessoais) sobre os lugares que já visitei; e "futricas"... porque escrevo opiniões e impressões sobre comportamento, gente e outras coisicas. Fique à vontade e divirta-se!!!! Fotos muito pessoais, para dar o clima real...
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Voltei, voltei!!!!!!!
Finalmente, estou de volta!!! As férias foram ótimas e renderam mais material do que eu poderia imaginar. De um tudo aconteceu. E vou contando aos poucos, em postagens diferentes, para você poder saber de todas as aventuras. Para te adiantar: estive na República Dominicana (país vizinho ao Haiti, na mesma ilhota no Caribe). Voei até o Panamá, pernoitei por lá e fui obrigada a me jogar nas compras, rs - para quem não sabe lá é a maior zona franca do mundoooooo. Uau!
Em Punta Cana fiquei hospedada num resort (Caribe Club Princess) com o regime "all inclusive". Conheci a Ilha Catalina, estive em Altos de Chavon (um lugar mágico que você vai adorar), mergulhei com tubarões, experimentei o Sea Trek (aquele equipamento de mergulho que é uma síntese de um escafandro, pesa 30 kg e te deixa caminhar no fundo do mar), bebi muita mamajuana (uma mistura de vinho e rum com ervas e mel que os dominicanos produzem com um toque extra de vudoo, rs)... enfim, assunto é o que não vai nos faltar nas próximas semanas.
Na volta para casa, mais surpresas: a Copa Airlines me impediu de entrar no voo!!!!! Sim sim, é isso mesmo. Segundo eles, por causa dos ventos fortíssimos (gerados pelo furacão em Havana/Cuba), o avião tinha que seguir com 15 lugares vagos - e respectivas bagagens dos passageiros em questão. Você não tem ideia. Deu até polícia panamenha no aeroporto. Foi o maior auê!!!!
A Cia. Aérea nos hospedou (o grupo de sobreviventes barrados) num hotel 5 estrelas com despesas pagas, patrocinou o transporte e nos indenizou com um voucher de 400 dólares. Nada mais que isso. O prejuízo, logicamente, foi maior. Afinal, cheguei na segunda-feira, sem dormir e exausta, não pude estar no enterro de uma grande amiga (que faleceu na manhã de domingo), e tive que vir DIRETO para o meu trabalho. Sem descansar, sem desfazer malas, sem mais articular palavras e completamente desconexa de tudo.
A cereja do bolo ficou por conta de uma mala extraviada. Fiquei 2 dias sem notícias da bagagem, pois os funcionários da Copa Airlines simplesmente não sabiam o que havia acontecido com ela! Depois de muita briga, muito desgaste e aborrecimento (todo o voo de domingo sabia o que tinha acontecido comigo), descobri aqui no Rio de Janeiro que a minha bagagem havia vindo antes de mim, no tal voo que não me deixaram entrar..............
O funcionário da Continental só descobriu isso porque quando estava relatando o caso (e registrando) expliquei que minha mala era performática, era uma bagagem drag queen (rs), pink pintosa, rosa choque da benneton....... só então ele sorriu e disse "todos estão paquerando sua mala, ela chegou ontem e está guardada na minha sala!".
Muitos abraços, apertos de mão, solidariedade de todos que estavam comigo nesse voo Panamá/Rio. Fiz amizades maravilhosas (beijo especial para Áurea), conheci pessoas e suas histórias de vida, vi de perto a dificuldade dos haitianos e dominicanos, experimentei a culinária local, vivi uma aventura fascinante e rica... que vou compartilhar com você.
Então é isso, amigo (a).
Temos muita conversa para colocar em dia, não deixe de me acompanhar aqui.
Afinal.... estou de volta!
obs. O crédito das fotos é do Armando (profissional que produziu esse ensaio lindo comigo lá no Caribe Club Princess). Amei!
Em Punta Cana fiquei hospedada num resort (Caribe Club Princess) com o regime "all inclusive". Conheci a Ilha Catalina, estive em Altos de Chavon (um lugar mágico que você vai adorar), mergulhei com tubarões, experimentei o Sea Trek (aquele equipamento de mergulho que é uma síntese de um escafandro, pesa 30 kg e te deixa caminhar no fundo do mar), bebi muita mamajuana (uma mistura de vinho e rum com ervas e mel que os dominicanos produzem com um toque extra de vudoo, rs)... enfim, assunto é o que não vai nos faltar nas próximas semanas.
Na volta para casa, mais surpresas: a Copa Airlines me impediu de entrar no voo!!!!! Sim sim, é isso mesmo. Segundo eles, por causa dos ventos fortíssimos (gerados pelo furacão em Havana/Cuba), o avião tinha que seguir com 15 lugares vagos - e respectivas bagagens dos passageiros em questão. Você não tem ideia. Deu até polícia panamenha no aeroporto. Foi o maior auê!!!!
A Cia. Aérea nos hospedou (o grupo de sobreviventes barrados) num hotel 5 estrelas com despesas pagas, patrocinou o transporte e nos indenizou com um voucher de 400 dólares. Nada mais que isso. O prejuízo, logicamente, foi maior. Afinal, cheguei na segunda-feira, sem dormir e exausta, não pude estar no enterro de uma grande amiga (que faleceu na manhã de domingo), e tive que vir DIRETO para o meu trabalho. Sem descansar, sem desfazer malas, sem mais articular palavras e completamente desconexa de tudo.
A cereja do bolo ficou por conta de uma mala extraviada. Fiquei 2 dias sem notícias da bagagem, pois os funcionários da Copa Airlines simplesmente não sabiam o que havia acontecido com ela! Depois de muita briga, muito desgaste e aborrecimento (todo o voo de domingo sabia o que tinha acontecido comigo), descobri aqui no Rio de Janeiro que a minha bagagem havia vindo antes de mim, no tal voo que não me deixaram entrar..............
O funcionário da Continental só descobriu isso porque quando estava relatando o caso (e registrando) expliquei que minha mala era performática, era uma bagagem drag queen (rs), pink pintosa, rosa choque da benneton....... só então ele sorriu e disse "todos estão paquerando sua mala, ela chegou ontem e está guardada na minha sala!".
Muitos abraços, apertos de mão, solidariedade de todos que estavam comigo nesse voo Panamá/Rio. Fiz amizades maravilhosas (beijo especial para Áurea), conheci pessoas e suas histórias de vida, vi de perto a dificuldade dos haitianos e dominicanos, experimentei a culinária local, vivi uma aventura fascinante e rica... que vou compartilhar com você.
Então é isso, amigo (a).
Temos muita conversa para colocar em dia, não deixe de me acompanhar aqui.
Afinal.... estou de volta!
obs. O crédito das fotos é do Armando (profissional que produziu esse ensaio lindo comigo lá no Caribe Club Princess). Amei!
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Férias... volto já já com boas novas
Assim que eu retornar, recomeço minhas postagens lindas e venho rechear nosso espaço com fotos, comentários e tudo mais. Nem pense em deixar de me visitar aqui, hein. Serão apenas uns dias de férias.
Cuide-se bem, um beijooooo e até a volta!!!!!!!!
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Castelos franceses, oui
Quer coisa mais interessante do que visitar um castelo legítimo, com mobiliário autêntico e história impregnada em suas paredes e corredores? Para mim, que sou aficionada em boas memórias, em artes e em glamour (mesmo que com um toque de decadência), não há nada mais adequado do que um belo passeio pelo Vale do Loire, na França, com seus imponentes "châteaux". Hum... très bien.
Vamos saber um pouco mais sobre o Vale do Loire (em francês, Vallée de la Loire) que é conhecido como o Jardim da França e o Berço da Língua Francesa. O lugar é charmosíssimo, formado por várias pequenas cidades históricas, e reúne um patrimônio arquitetônico de altíssima qualidade. Turistas de todas as partes do mundo visitam seus castelos famosos. verdadeiros monumentos culturais que contam e perpetuam a história dos ideais do Renascimento e do Iluminismo na Europa Ocidental.
Tive o grande prazer de estar nesse lugar deslumbrante no final de julho de 2008. E visitei dois châteaux: o Chambord e o Chenonceau (os dois maiores da região). O Real Château de Chambord é um dos mais conhecidos castelos do mundo devido à sua distinta arquitetura em estilo Renascentista francês, que combina as formas medievais francesas tradicionais com as estruturas clássicas italianas.
É uma construção imensa, constituída por 128m de fachadas, mais de 800 colunas esculpidas e um telhado elaboradamente decorado. Eu li que quando Francisco I concedeu a construção de Chambord, queria que se parecesse com a silhueta de Constantinopla. Tá bom para você, meu bem? Pois tem mais: o palácio é rodeado por um parque arborizado de 52,5 km² (13.000 acres) fechado por um muro de 31 km (20 milhas). Ufaaaaaaa!
Depois de tudo isso, o Rei Francisco I passou somente sete semanas no castelo, é mole? Ele morreu de ataque cardíaco, no ano que a obra foi concluída. Ninguém merece.
Vamos agora ao Castelo de Chenonceau, também conhecido como Castelo das Sete Damas? O palácio é localizado em Indre-et-Loire, na região do Rio Loire, a Sul de Chambord. Sua história está ligada à vida de sete mulheres de personalidade forte, duas delas que foram rainhas da França. Luxo, tá? Vou contar aqui as três histórias que acho mais interessantes.
Em 1547, Henrique II ofereceu o palácio como presente à sua amante, Diane de Poitiers, a qual se tornou ardentemente ligada ao château e às suas vistas em conjunto com o rio. Ela mandou construir uma ponte arcada, juntando o palácio à margem oposta.
Supervisionou a plantação de extensos jardins de flores, vegetais e árvores frutíferas. Dispostos ao longo do rio, mas protegidos das inundações por terraços de pedra, os refinados jardins foram estabelecidos em quatro triângulos. É lindo de ver!!!
Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando anos de delicadas manobras legais finalmente a beneficiaram com a posse. No entanto, depois da morte de seu amante Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade.
O mais interessante é que ela gostou tanto das benfeitorias de sua rival, que resolveu dar continuidade às obras. E a Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita. Ah, as mulheres.....
Como regente da França, Catarina gastava uma fortuna no palácio e em espetaculares noitadas e festas. Ela não era boba, não, sabia se divertir. E não economizava mesmo: dizem que as primeiras exibições com fogos de artifício em território francês aconteceram em seus jardins, em 1560, quando seu filho Francisco II subiu ao trono.
Com a morte de Catarina, em 1589, o palácio passou para a sua nora, Louise de Lorraine-Vaudémont, esposa de Henrique III. Em Chenonceau, Louise recebeu a notícia do assassinato do seu marido e caíu num estado de depressão, passando o resto dos seus dias vagando sem destino ao longo dos vastos corredores do palácio, vestida de roupas matutinas entre sombrias tapeçarias pretas, onde foram costurados caveiras e ossos cruzados. Nesta fase, as grandiosas festas cessaram e o palácio passou a viver numa permanentemente atmosfera de luto.
Triste, não é? A história dele reserva um monte de curiosidades, tudo bem rico e interessante. Se for contar tudo, o post fica sem fim, rs. O que importa é que ele está lá, imponente e triunfal, prontinho para receber nossa visita e posar para nossas fotos.
Vamos saber um pouco mais sobre o Vale do Loire (em francês, Vallée de la Loire) que é conhecido como o Jardim da França e o Berço da Língua Francesa. O lugar é charmosíssimo, formado por várias pequenas cidades históricas, e reúne um patrimônio arquitetônico de altíssima qualidade. Turistas de todas as partes do mundo visitam seus castelos famosos. verdadeiros monumentos culturais que contam e perpetuam a história dos ideais do Renascimento e do Iluminismo na Europa Ocidental.
Tive o grande prazer de estar nesse lugar deslumbrante no final de julho de 2008. E visitei dois châteaux: o Chambord e o Chenonceau (os dois maiores da região). O Real Château de Chambord é um dos mais conhecidos castelos do mundo devido à sua distinta arquitetura em estilo Renascentista francês, que combina as formas medievais francesas tradicionais com as estruturas clássicas italianas.
É uma construção imensa, constituída por 128m de fachadas, mais de 800 colunas esculpidas e um telhado elaboradamente decorado. Eu li que quando Francisco I concedeu a construção de Chambord, queria que se parecesse com a silhueta de Constantinopla. Tá bom para você, meu bem? Pois tem mais: o palácio é rodeado por um parque arborizado de 52,5 km² (13.000 acres) fechado por um muro de 31 km (20 milhas). Ufaaaaaaa!
Vamos agora ao Castelo de Chenonceau, também conhecido como Castelo das Sete Damas? O palácio é localizado em Indre-et-Loire, na região do Rio Loire, a Sul de Chambord. Sua história está ligada à vida de sete mulheres de personalidade forte, duas delas que foram rainhas da França. Luxo, tá? Vou contar aqui as três histórias que acho mais interessantes.
Em 1547, Henrique II ofereceu o palácio como presente à sua amante, Diane de Poitiers, a qual se tornou ardentemente ligada ao château e às suas vistas em conjunto com o rio. Ela mandou construir uma ponte arcada, juntando o palácio à margem oposta.
Supervisionou a plantação de extensos jardins de flores, vegetais e árvores frutíferas. Dispostos ao longo do rio, mas protegidos das inundações por terraços de pedra, os refinados jardins foram estabelecidos em quatro triângulos. É lindo de ver!!!
Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando anos de delicadas manobras legais finalmente a beneficiaram com a posse. No entanto, depois da morte de seu amante Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade.
O mais interessante é que ela gostou tanto das benfeitorias de sua rival, que resolveu dar continuidade às obras. E a Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita. Ah, as mulheres.....
Com a morte de Catarina, em 1589, o palácio passou para a sua nora, Louise de Lorraine-Vaudémont, esposa de Henrique III. Em Chenonceau, Louise recebeu a notícia do assassinato do seu marido e caíu num estado de depressão, passando o resto dos seus dias vagando sem destino ao longo dos vastos corredores do palácio, vestida de roupas matutinas entre sombrias tapeçarias pretas, onde foram costurados caveiras e ossos cruzados. Nesta fase, as grandiosas festas cessaram e o palácio passou a viver numa permanentemente atmosfera de luto.
Triste, não é? A história dele reserva um monte de curiosidades, tudo bem rico e interessante. Se for contar tudo, o post fica sem fim, rs. O que importa é que ele está lá, imponente e triunfal, prontinho para receber nossa visita e posar para nossas fotos.
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