quarta-feira, 13 de março de 2013

A Iluminada, no Vaticano

Estive na Itália em março de 2012, numa viagem que foi uma verdadeira maratona... cada dia eu acordava num lugar diferente, o ritmo foi alucinante! Mas, o que fica de verdade são as vivências, as sensações e as experiências dos locais que visitei.

Em Roma, depois de fazer o circuito tradicional (Fontana di Trevi, Coliseu, Pantheon, entre outros), passei uma tarde no Vaticano. E que tarde!!! Um mergulho profundo em História, Artes, que me provocaram emoções e - pq não - renderam boas aventuras... rs.

Eu estava com um guia local excelente (tentei me lembrar o nome dele, mas não consegui). O grupo não precisou entrar na imensa fila que cruzava o quarteirão, tivemos alguns privilégios. Em todo a visita. Dizem que se demora, em média, duas horas nas filas - tanto para entrar no menor país do mundo, quanto para estar em seus museus e na Capela Sistina. Tive muita sorte.

Lá dentro, rodeada por centenas de pessoas que não param de falar por um minutinho, é bem complicado manter o foco. São 14Km de museus, que concentram a maior coleção de Arte do Mundo! Fiquei tontinha. Não sabia se escutava o guia (estava com uns fones nos ouvidos), se o procurava (pq não podia me perder dele no meio da multidão, ficar para trás e não concluir meu roteiro), se olhava para os tetos, para as paredes, para o chão, para as telas, esculturas, janelas, jardins, ou se simplesmente me entregava ao êxtase que insistia em me invadir. Alucinante!!!

Bem, enquanto a doida aqui tomava decisões importantíssimas para não tropeçar na História da Arte, embasbacada e entorpecida, minhas pernas iam seguindo a "procissão" e a voz de comando do guia que ecoava dentro da minha cabeça.

Eis então que ele anuncia "Agora, seguiremos por um caminho exclusivo, reservado ao Papa, que nos levará diretamente à Capela Sistina. Peço a gentileza de permanecerem em silêncio absoluto e que sigam a orientação de que é proibido gerar qualquer imagem lá dentro". Ok, senhor. Nervosa, segui.

Quando entrei na Capela Sistina, fiquei bem surpresa.. eu a imaginava imensa, sei lá pq. Mas, como o nome já diz, é uma capela. Não há local para orações, todos ficam de pé, aglomerados. O zum zum zum é alto, ninguém respeita o silêncio.

Estar diante das obras de Michelangelo.... em especial  "O Juízo Final"  é algo que jamais passará em brancas nuvens. A experiência é avassaladora, sem dúvida. O artista genial dedicou-se à obra de 1534 a 1541.

Michelangelo expressa vigorosamente o conceito de Justiça Divina, severa e implacável em relação aos condenados. O Cristo, na parte central da composição, é o Juiz dos eleitos que sobem ao Céu por sua direita, enquanto os condenados, abaixo de sua esquerda esperam Caronte e Minos. A ressureição dos mortos e os anjos tocando trombetas completam a impressionante composição. É amigo, bem intenso e audacioso!

E eis que hoje, estou completamente nostálgica, revivendo essa visita, revendo as fotos, me vendo embevecida na Basílica de São Pedro, tudo por causa do momento histórico de escolha do novo Papa.

"Habemus Papam"... depois do quinto conclave, foi eleito o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio! A notícia de um Papa sul-americano parece ter mexido com todos, suscitou uma série de polêmicas, piadinhas infames e muita especulação. Seu nome será Francisco. O primeiro Francisco entre os papas. O que tenho a comentar é que se ele buscou essa referência em São Francisco de Assis, já sinto conforto em meu coração.
 Para fechar a postagem de hoje, a mais bela das orações:

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais...
Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna”.

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